#24 - Os indígenas e a política na América do Sul
As discussões que colocam os indígenas da América do Sul no centro de propostas políticas são constantes, com debates que vão desde o direito à terra até a importância da natureza e da sua preservação.
Com medidas que mexeram nas bases de suas constituições e reformularam suas visões de país, a Bolívia e o Equador reconheceram-se como estados plurinacionais, dando voz a diferentes atores políticos e pautando-se em princípios como o do bem-viver, conceito presente na cosmovisão dos povos andinos.
A atuação dos grupos e organizações indígenas foi fundamental na aprovação dessas novas constituições. Processos semelhantes vêm ocorrendo em outros lugares. Atualmente, no Chile, a assembleia constituinte que irá elaborar a nova constituição do país é comandada por Elisa Loncón, uma líder mapuche.
No entanto, em outras partes da América do Sul, encontramos um cenário diferente. Em países como a Argentina, o próprio reconhecimento da presença dos indígenas na sociedade enfrenta desafios.
Mas, como se deu cada um desses processos? É possível comparar os movimentos indígenas sul-americanos? Para responder a essas e outras questões, convidamos a professora Tereza Maria Spyer Dulci, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).
O episódio já está disponível nas principais plataformas de podcast e também em nosso canal no YouTube. Esperamos que gostem do programa e deixem suas opiniões, sugestões e críticas! Também não esqueçam de nos seguir em nossas redes sociais.
Dicas e links
Livro "O Bem Viver", de Alberto Acosta (2016)
Site "Chile Constituyente", com programa de comparação de constituições
Reportagem da BBC sobre a foto do episódio
Conheça nossa entrevistada
Tereza Maria Spyer Dulci é Professora Associada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Possui Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). É mestre em História Social e Bacharel/Licenciada em História pela mesma instituição. Desenvolveu o pós-doutorado no Centro de Investigaciones sobre América Latina y el Caribe (CIALC), da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Especialização em Epistemologias do Sul e em Estudos Afro-Latino-Americanos e Caribenhos pelo Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO).
Na UNILA, atua no Ciclo Comum de Estudos (na área de Fundamentos da América Latina) e nos cursos de Relações Internacionais e Integração e de Especialização em Ensino de História e América Latina. É coordenadora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea da América Latina (PPG-ICAL), onde atua na linha de pesquisa Cultura, Colonialidade/Decolonialidade e Movimentos Sociais. É vice-líder dos Grupos de Pesquisa: ¡DALE! - Decolonizar a América Latina e seus Espaços e Descolonizando as Relações Internacionais. Faz parte da Diretoria da Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas (ANPHLAC), gestão 2020-2022.